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Declaração da Comissão Política do CC do KKE
- Não à renovação do Acordo Grécia-EUA sobre bases militares
- Não à visita do secretário de Estado M. Pompeo
O KKE conclama os trabalhadores, o povo e a juventude a que se levantem contra a visita do secretário de Estado dos EUA, M. Pompeo, e acima de tudo contra a conversão da Grécia numa vasta base dos EUA-NATO. Este é também o conteúdo do "Diálogo estratégico" com os EUA, iniciado pelo antigo governo SYRIZA na Fase I e reforçado pelo governo ND com a actual Fase II.
O KKE apela ao levantamento e à participação em massa nas mobilizações do movimento anti-guerra e anti-imperialista contra a visita do secretário de Estado estado-unidense, que decorrerá por todo o país. Apela ao apoio por acções multi-facéticas a fim de encerrar bases dos EUA-NATO na Grécia e desenredar nosso país dos perigosos planos e competições imperialistas.
O "Acordo de Cooperação para Defesa Mútua", o qual já foi preparado por trás das costas do povo, que se prepara para ser assinado durante a visita a Atenas do secretário de Estado dos EUA, mais uma vez compromete o nosso país e o nosso povo em grandes riscos.
Ele se prepara para "de uma vez por todas" transformar mais da metade da Grécia numa base assassina para os EUA-NATO e os seus planos, desde os Balcãs e o Mar Negro até o Mediterrâneo Oriental e Golfo Pérsico, e faz do nosso povo um alvo de enfurecidas competições imperialistas sobre a região para partilhar o saqueio da Energia, das suas rotas de transporte e as esferas de influência.
O governo ND, no quadro do "Diálogo estratégico" iniciado com os EUA, iniciado pelo governo SYRIZA, prossegue uma renovação multi-anual ou permanente do Acordo Grécia-EUA sobre bases militares, seu reforço e expansão.
- As capacidades da base de Suda, a qual já apoia suas operações desde o Mar Negro até o Médio Oriente e Norte de África serão mais uma vez expandias.
- A utilização de UAVs (unmanned aerial vehicles) dos EUA e outros aviões é consolidada na base aérea de Larissa.
- Helicópteros estado-unidenses são permanentemente instalados na Grécia Central (eles actualmente utilizam Stefanovkio em Magnésia para estacionamento).
- Uma unidade EUA-NATO é instalada em Alexandroupolis, pois eles querem explorar o seu porto para finalidades militares (instalando forças EUA-NATO para a Europa do Leste ao longo da fronteira com a Rússia) e expandir interesses económicos dos EUA na região.
As afirmações do governo e dos partidos euro-atlânticos de que a anexação da Grécia ao carro de guerra imperialista da NATO, dos EUA e da UE assegurar paz e segurança na região não têm fundamento e são anti-históricas.
Suas bases não são construída para proteger o país e as fronteiras, mas para servir como bases para guerra e intervenções, para proteger os interesses de gigantes da energia.
Isto é o que o embaixador dos EUA, G. Pyatt, quer dizer quando repetidamente declara que a Grécia é um "pivô geopolítico" e um "estado na linha de frente" para os EUA. É isto:
- Na "linha de frente" dos planos de guerra no Golfo Pérsico e contra o povo iraniano, tal como Suda o foi durante todos os anos anteriores como "linha de frente" de intervenções imperialistas na Síria, Líbia e assim por diante.
- Na "linha de frente" dos planos da NATO para cercar a Rússia no Mediterrâneo Oriental e no Mar Negro.
- Na "linha de frente" de planos para manter a Turquia no campo EUA-NATO, assumindo o papel de "o canal", abrindo-se sólidos planos de co-administração no Egeu e em Chipre.
O emaranhamento nestes planos transformará a Grécia num "imã" para ataques potenciais. Nosso país já foi visado. As declarações oficiais russas e iranianas a dizerem que no caso de os seus países serem ameaçados, eles virarão os seus mísseis contra os países que abrigam bases dos EUA são características.
Igualmente sem fundamento e anti-históricas são as afirmações de que deste modo o nosso país é protegido da agressão turca. A Turquia, como uma força da NATO, escala a agressão no Egeu e no Mediterrâneo Oriental, pondo e causa e violando fronteiras.
A participação do nosso país na NATO e na UE ao longo de anos, a presença de bases da NATO na Grécia não só não impediu como, ao contrário, agravou a agressão turca. A NATO não reconhece fronteiras no Egeu, a qual considera se um espaço de negócio único. Ela desempenha o papel de "Poncio Pilatus" nas disputas greco-turcas. Além disso, a promoção da partição e da co-exploração de planos de riqueza mineral em Chipre no Egeu é promovida sob os auspícios da NATO, dos EUA e da UE.
Não importa quantas mentiras eles contem acerca dos alegados "benefícios" que terá o povo grego, isto é a essência e não pode ser ocultado. Os únicos "intercâmbios" são aqueles que a burguesia espera para o seu reforço, ao passo que para o povo o preço é de riscos ainda maiores devido aos seus planos, com os povos sendo as vítimas – e isto significa novas guerras, pobreza, pessoas desenraizadas das suas terras natais. Os únicos vencedores serão aquelas partes do capital que se beneficiarão de parcerias na energia e outros negócios, as quais entregarão riqueza pública do país a interesses de negócios internos e estrangeiros.
O KKE defende firmemente os interesses do povo, trabalha pelo desenvolvimento da luta conjunta dos povos, pela cooperação mutuamente benéfica e exige:
- Denúncia imediata do "Acordo de Cooperação de Defesa Mútua", o encerramento da base Suda e de outras bases militares dos EUA-NATO.
- Não participação das Forças Armadas Gregas em missões imperialistas no exterior, desembaraço das alianças predatórias da NATO e da UE.
- Fortalecimento da luta para o desembaraço da NATO e da UE.
- Fortalecimento da luta conjunta e da solidariedade dos povos contra a guerra imperialista e o sistema que a sustenta.
Estes desenvolvimentos requerem vigilância e acção. Eles devem fazer soar um alarme, um levantamento real. Com ainda maior intensidade, ainda mais pessoas devem juntar-se à luta para informar, para mobilizar. As milhares de assinaturas já colectadas após o apelo do Comité de Luta contra o Acordo das Bases deve ser multiplicado. Ainda mais organizações e sindicatos devem empenhar-se para o êxito dos comícios que serão efectuados durante a visita do secretário de Estado à Grécia para a segunda volta do "Diálogo estratégico".
Faça com que a mensagem "Nem terra nem água para os assassinos dos povos" seja ouvida muito alto por toda a parte.