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Encontro Comunista Europeu, sobre o 100.º aniversário da Revolução de Outubro
O Encontro Comunista Europeu realizou-se pela décima vez, em Bruxelas, com a participação de 41 partidos comunistas e operários. Foi patrocinado pela delegação do KKE no Parlamento Europeu. Foram discutidas questões importantes relativas à classe operária, aos povos, ao movimento laboral e comunista europeu e internacional e à luta dos comunistas, à luz do importante centésimo aniversário da Revolução de Outubro.
A Revolução de Outubro foi um evento histórico mundial, o mais importante do século XX, que marcou o curso da humanidade. Foi o prenúncio de um novo período histórico, o período da transição do capitalismo para o socialismo. Criou as condições prévias para que direitos sem precedentes dos trabalhadores e dos povos fossem concretizados. Deu ímpeto às lutas dos trabalhadores nos países capitalistas e às suas conquistas. Influenciou decisivamente o desenvolvimento do movimento comunista e operário internacional e a libertação dos povos do jugo colonial. A Grande Revolução de Outubro confirmou a correção da teoria marxista-leninista e do papel dirigente insubstituível do Partido Comunista.
Muitos oradores realçaram que as mudanças contrarrevolucionárias não alteraram o caráter de nossa era. O socialismo permanece oportuno e necessário. Expressou-se, com otimismo, que a barbaridade capitalista não é o futuro da humanidade, que o nosso século será marcado por um novo recrudescimento do movimento revolucionário global e novas revoluções socialistas...
Vários oradores referiram-se às contrarrevoluções, às suas consequências negativas para os povos, às causas, aos erros e desvios que levaram ao derrubamento do socialismo. Observou-se que, ao longo do seu percurso, elementos, categorias e métodos do capitalismo foram introduzidos para resolver problemas existentes e que isto enfraqueceu gradualmente e, no final, minou a construção socialista.
Entre as tarefas mais importantes dos comunistas de hoje está o confronto com a campanha anticomunista da UE, a reposição do conhecimento dos trabalhadores sobre a verdade do socialismo no século XX, sem idealizações, objetiva e liberta das calúnias da burguesia, que se basearam nas catástrofes provocadas pela contrarrevolução.
O capitalismo pode ainda hoje ser forte, mas não é invencível. A crise demonstrou mais intensamente os seus limites históricos. No entanto, o capitalismo também é perigoso na sua fase de crescimento. O crescimento que se seguirá à crise terá como condição prévia a destruição dos direitos dos trabalhadores e dos povos.
As dificuldades na economia capitalista europeia e global agravam as contradições interimperialistas. A competição entre as potências capitalistas está-se a intensificar, assim como dentro das uniões imperialistas, como a UE e a NATO. Os focos de tensão de guerra multiplicam-se e há um perigo crescente de que estes assumam um caráter geral mais vasto.
A saída para a classe operária e os outros estratos populares só é possível no caminho da derrota do poder capitalista e da propriedade privada.
Muitos partidos observaram que esta luta pressupõe o enfraquecimento das várias formas do perigoso reformismo-oportunismo, do chamado Partido da Esquerda Europeia e da “esquerda governamental”, tal como é expressa na Grécia pelo SYRIZA. Realçou-se que as diversas abordagens para gerir o capitalismo não são uma solução alternativa para os povos. A experiência de subordinação à governação burguesa é negativa, independentemente do seu rótulo, tal como o é a experiência da participação ou tolerância com os governos no quadro do capitalismo.
A Revolução de Outubro e as lutas pelo socialismo, no século XX, são uma fonte de importantes experiências e lições que os partidos comunistas e operários podem utilizar, para se tornarem mais eficazes nos seus esforços para reforçar e proporcionar uma orientação de classe ao movimento laboral, para construir a aliança da classe operária com as camadas populares urbanas e rurais pobres, para organizar a luta dos trabalhadores e dos povos contra os monopólios, as suas alianças internacionais e o seu poder, por direitos que correspondam às suas necessidades atuais, pela abolição da exploração.
Se o século XX começou com a grande ofensiva lançada pelo proletariado no “assalto ao céu” e terminou com a sua derrota temporária, o século XXI trará a derrota final e desta vez irreversível do capitalismo e a construção do socialismo-comunismo.
Lista dos Partidos participantes
1 |
Communist Party Of Albania |
2 |
Party Of Labour Of Austria |
3 |
Communist Party Of Belarus |
4 |
Belarusian Communist Party of Workers-Section of the CPSU |
5 |
Communist Party Of Bulgaria |
6 |
Party Of Bulgarian Communists |
7 |
Union Of Communists In Bulgaria |
8 |
New Communist Party Of Britain |
9 |
AKEL |
10 |
Communist Party Of Bohemia & Moravia |
11 |
Communist Party Of Denmark |
12 |
Communist Party In Denmark |
13 |
Communist Party, Denmark |
14 |
Communist Workers Party Of Finland |
15 |
Pole Of Communist Revival In France |
16 |
Revolutionary Party - Communistes |
17 |
Communist Revolutionary Party of France |
18 |
German Communist Party |
19 |
Communist Party of Greece |
20 |
Hungarian Workers' Party |
21 |
Workers' Party of Ireland |
22 |
Communist Party |
23 |
Socialist Party of Latvia |
24 |
Socialist People's Front of Lithuania |
25 |
Communist Party of Luxembourg |
26 |
Communist Party of Malta |
27 |
Communist Party of Norway |
28 |
New Communist Party of The Netherlands |
29 |
Communist Party of Poland |
30 |
Portuguese Communist Party |
31 |
Romanian Socialist Party |
32 |
Communist Workers' Party of Russia |
33 |
Communist Party of The Russian Federation |
34 |
Communist Party of Soviet Union |
35 |
Party of The Communists of Serbia |
36 |
Communist Party of Slovakia |
37 |
Communist Party of The Peoples of Spain |
38 |
Communist Party of Sweden |
39 |
Communist Party of Turkey |
40 |
Communist Party of Ukraine |
41 |
Union of Communists of Ukraine |
24.01.2017